Sapo Parteiro Ibérico

Alytes cisternasii


Identificação

Trata-se de um anuro de pequenas dimensões, não ultrapassando em geral os 5 cm de comprimento cabeça-corpo. Os olhos são proeminentes, de cor dourada e pupila vertical. O dorso é geralmente esbranquiçado ou acastanhado, com manchas mais escuras de cor castanha, cinzenta ou esverdeada, embora a coloração possa variar num mesmo indivíduo consoante a humidade do local onde se encontra.

Apresentam tipicamente pequenas verrugas avermelhadas ou alaranjadas no dorso, as quais se prolongam até aos olhos. Ventralmente são claros, de cor esbranquiçada ou amarelada. Nas palmas das mãos apresentam dois tubérculos bem visíveis, sendo o mais externo de maior tamanho.

Distribuição

Ocupa toda a Eurásia, excepto a zona mais setentrional, e o norte de África. Em Portugal encontra-se de norte a sul, sendo geralmente bastante abundante. Nas zonas mais áridas do sul e sudeste é mais raro.

Ecologia

Ocupa uma grande variedade de biótopos, em zonas húmidas ou secas, abertas ou com vegetação densa, em meios naturais, cultivados e também nas imediações de áreas habitadas. Os adultos têm hábitos terrestres excepto durante a época de reprodução. Pode encontrar-se tanto ao nível do mar como acima dos 2000 metros.

Podemos encontra-los em carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica, em culturas, estevas, florestas esclerófilas sujeitas a pastoreio (montados), meios lênticos (doces), prados mediterrânicos montanhosos, troços de cursos de água com dinâmica natural e semi-natural (leitos pequenos, médios e grandes), em que a qualidade da água não apresente alterações significativas.

Alimentação

São animais muito úteis na agricultura por comerem insectos, vermes e caracóis.


Reprodução

Pertencendo a uma família de características primitivas, estes animais apresentam a pecularidade dos machos transportarem os ovos em cordões enrolados aos membros posteriores durante todo o desenvolvimento embrionário. As secreções do macho protegem os ovos e os embriões da dessecação e do ataque de fungos.

Factores de Ameaça

Antigamente esta espécie era muito abundante, no entanto, a alteração dos locais de reprodução e dos seus habitats está a provocar um declínio generalizado em grande parte da Península Ibérica.

A perseguição pelo Homem é outro factor a ter em conta. Além disto, todos os anos morrem muitos sapos nas estradas, vítimas de atropelamento, principalmente na época de reprodução, altura em que os indivíduos necessitam de se deslocar até zonas com água.

in " http://darwin.icn.pt/sipnat/wgetent?userid=sipnat&type=ecran3&codigo=95.006.001.001.001
Comentários
"Muitos parabéns à pessoa que pensou este cantinho onde eu vim parar por acaso. É maravilhoso! Gostei imenso de o percorrer e virei aqui tantas vezes quando a saudade do meu PAÍS se fizer sentir."
Rosa Correia
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