Flora

A Serra da Estrela apresenta-se como ponto de confluência de climas com características marcadamente diferentes. Assim, enquanto a Sul se faz sentir ainda uma forte influência mediterrânea, a Leste a Norte é a rudeza do clima continental que impera. Por outro lado, a influência atlântica, aliada à altitude, é suficiente para que a precipitação esteja entre as mais elevadas na Península Ibérica (Fidalgo, 1994).

Relativamente à flora, é possível diferenciar três andares de vegetação, cujos limites altitudinais oscilam, necessariamente, conforme os flancos da Serra que se considerem (Pinto da Silva & Teles, 1999).

Andar Basal

Andar basal, de acentuada influência mediterrânea, até 800/900 metros, caracterizado pela presença da azinheira (Quercus rotundifolia Lam.), do azereiro (Prunus lusitanica L. ssp. lusitanica), do medronheiro (Arbutus unedo L.) (Fig. 1), da urze branca ou torga (Erica arborea L.), do pinheiro bravo (Pinus pinaster L.) e do castanheiro (Castanea sativa Mill.), entre outras.

Andar Intermédio

Andar intermédio, correspondente ao domínio do carvalho pardo (Quercus pyrenaica Willd.) (Fig. 2), de 800 a 1600 metros. A composição florística deste andar inclui ainda o roble (Quercus robur L.), o castanheiro (Castanea sativa Mill.), a urze branca (Erica arborea L.), a giesteira da sebes (Cytisus grandiflorus (Brot.) DC.), a giesteira branca (Cytisus multiflorus (L’Hérit.) Sweet), o tojo gadanhos (Genista falcata L.) e o feto ordinário (Pteridium aquilinum (L.) Kuhn).

Andar Superior

Andar superior, correspondente ao domínio do zimbro (Juniperus communis L. spp. Alpina (Suter) Celak) (Fig. 3), acima dos 1500 metros. Este andar comporta, ainda, dois tipos de cervunais: os cervunais secos, cuja espécie dominante é o cervum (Nardus stricta L.) e onde podem ocorrer outras espécies como as campaínhas amarelas (Narcissus bulbocodium L. var. nivalis (Graells) Baker), e os cervunais húmidos, que se destinguem dos primeiros pela riqueza em musgos e em Aulacomnium palustre Schwaeg e onde surgem, entre outras espécies, a Gentiana pneumonanthe L.

in " http://www.prof2000.pt/users/geologia/biologia.htm
Comentários
"O Covão da Ponte é sem dúvida um daqueles sítios mágicos que nos leva a sentir alguma responsabilidade no momento de o mostrarmos a outras pessoas. A ligação que o espaço estabelece connosco é tal que tudo ali nos faz bem... "
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